terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O começo de um ano novo

"As vezes, estamos tão ocupados tentando vir a ser o melhor... que não podemos desfrutar do simplesmente ser!”

Em todos os começos de novos anos, fazemos muitos planos que nem sempre podem ser cumpridos no decorrer daqueles 365 dias vindouros. Mas é benéfico começarmos o ano com esperança. Como dizia o poeta Fernando Pessoa: “navegar é preciso, viver não é preciso”, ou seja, há precisão na arte de navegar, mas na vida não temos como controlar tudo, por mais que queiramos.
A vida é para ser vivida como ela é, e isso seria bem simples se não fosse os nossos desejos constantes. Somos seres desejantes e temos que aprender a conviver com esta singularidade. Desejar não é o problema, mas o que fazemos com estes desejos, sim. Pois, além de desejar temos que ser capazes de aceitar o que não for possível. A aceitação é uma das habilidades mais difíceis para se por em prática, pois ela é sempre ultrapassada pela facilidade que temos em criar expectativas.
Um grande escritor de shows para Broadway e roteiros para o cinema, Robert Fisher, nos dá uma grande lição:
(...) A ambição originada na mente pode lhe render lindos castelos... Entretanto, somente a ambição que vem do coração pode trazer também a felicidade. A ambição do coração é pura. Ela não compete com ninguém, ela o serve de tal maneira que serve os outros ao mesmo tempo.(...) É nesse ponto que podemos aprender com a macieira. Ela se tornou graciosa, cheia de bons frutos que dá a todos. Quanto mais maçãs as pessoas retiram dela, mais ela cresce e mais formosa se torna. Esta árvore está fazendo exatamente o que macieiras devem fazer: realizando seu potencial para benefício de todos." (trechos do livro: O cavaleiro preso na armadura, Robert Fisher, Ed.Record, Rio de Janeiro, 2006)
Temos um ano inteiro para realizarmos nosso potencial em benefício de todos, ao invés de só lutarmos por aquilo que queremos. Quando incluímos o outro em nossos planos, estamos sendo responsáveis com a vida e também, sendo capazes de aceitar que tudo tem o seu tempo... independente das nossas expectivas.