segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nutrir a si mesma


Desde que houve a divisão das células e passamos a nos desenvolver no útero de nossa mãe, fomos alimentados por ela durante a gravidez, a infância e adolescência. Depois disso, deveríamos saber como nos alimentar de maneira saudável, pois, desta forma, podemos manter um corpo bonito, uma pele saudável até mesmo quando envelhecermos.
Mas, nem só de pão vive o homem e este ditado é antiguíssimo! As vezes o que procuramos não é comida. As vezes sentimos fome de outras coisas e precisamos prestar muita atenção em nós mesmas, para descobrirmos o que é.
Você tem fome de quê? Nem sempre uma mesa farta, um sanduíche enorme, um pacote de salgadinhos, picanha, lasanha... nem sempre isso nos sacia. “A gente não quer só comer!” diz a música do Titãs, precisamos de algo mais. Algo que alimente nossa alma, pois é ela que está faminta.
Faminta de quê? Não sei. Cada um deve descobrir o que lhe falta: atenção, reconhecimento, carinho, amor, relacionamento, espiritualidade... Não é difícil descobrir. O difícil é aceitarmos que necessitamos de algo mais do que consumimos diariamente, ou do que recebemos diariamente.
Faça um exercício simples: pense em você por alguns minutos! Pergunte-se: você tem fome de quê? E ao descobrir, não se apavore. Apenas procure maneiras saudáveis de se nutrir. Use da sua criatividade, iniciativa e determinação... com você mesma.
Algumas atividades simples, nutrem a nossa alma: jardinagem, uma boa leitura, um passeio no parque, terapia, um curso ou palestra, meditação ou simplesmente, alguns minutos de quietude. Descubra o que lhe faz bem, o que lhe nutre e organize seu dia ou sua semana para que este “alimento” faça parte da sua vida!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cuidados especiais na gestação

Toda gestante sabe o quanto é importante fazer o pré-natal, hidratar bem a pele (a Biodolce tem um hidratante exclusivo para gestantes), se alimentar corretamente e praticar exercícios adequados.

Nem todas, no entanto, sabem que tão importante quanto o acompanhamento médico pré-natal é a assistência e orientação psicológica à gestante. Cada um contribuindo para a saúde física e mental tanto da mulher quanto do futuro bebê.

A preparação psicológica da gestante pode possibilitar uma vivência mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem neste período. A gravidez, por si só traz, para o relacionamento familiar, novas atitudes e responsabilidades, o que gera muitas ansiedades e preocupações:

A partir do momento que a mulher certifica-se da gravidez, tudo o mais em sua vida será diferente. Como lidar com tamanha responsabilidade?

Durante nove meses estará se instalando, no casal grávido, uma nova identidade: eles deixam de ser filhos para se tornarem pais. As dúvidas e os temores são muito naturais. O quê o casal deverá renunciar e o quê poderá ser preservado?

Sexualidade, relacionamento afetivo do casal, convivência das famílias de origens, o lado profissional da gestante... Como conciliar os papéis de mãe, esposa, filha e profissional durante a gestação?

A orientação psicológica é importante não só para a mulher que vivencia a experiência da maternidade, mas para o marido que também está se preparando para a paternidade e, desse modo, também se encontra vulnerável e à mercê de suas próprias angústias e questionamentos.

É muito importante não só para o bebê, mas para o casal também, que o pai e a mãe possam vivenciar a gravidez com mais alegria e prazer e menos ansiedade e culpa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O medo de voar: lutar ou fugir?

Você já deve ter conhecido alguém que tem medo de avião. E o que é pior, precisa viajar devido ao seu trabalho. O que para alguns poderia ser momentos de descanso, de estudo ou de possibilidade de conversar com alguém, para outros a viagem torna-se uma tortura, uma luta consigo mesmo permeada de intenso sofrimento. É muito comum jovens e adultos na faixa etária dos 20 aos 40 anos, na plenitude da vida profissional apresentarem uma ansiedade excessiva por determinadas situações como viajar de avião. E podemos nos perguntar: por que sentimos este medo de voar?
O sentimento de medo faz parte da natureza humana, nos dá limites e aciona nossa ansiedade nos colocando em posição de alarme, física e psiquicamente: dilata as pupilas, acelera o coração, enrijece a musculatura, ou seja, nos prepara para reagir. A ansiedade normal é, então, um instrumento de adaptação às exigências da vida. Já era assim nos tempos das cavernas quando o homem enfrentava animais invasores e é assim ainda hoje, quando nos deparamos com determinado perigo ou a ameaça de algo desconhecido.
Para quem tem medo de avião, não adianta explicar que esta é uma opção mais segura do que o transporte rodoviário. O fato de um vôo ser percebido como estressante não depende apenas da natureza do mesmo, mas sim do significado que atribuímos a este evento e da nossa própria personalidade. Ou seja, nossa insegurança e nosso nível de ansiedade alterada está diretamente relacionada com a nossa história de vida: nossas perdas, rejeições, responsabilidades e expectativas, bem como, com a nossa vivência atual de eventos estressores: a morte de um ente querido, o nascimento de um filho, ser dispensado ou promovido no emprego, casar-se ou separar-se.
Então, o medo de voar é um sintoma, algo que vem nos contar o que talvez já tenhamos esquecido ou não estamos conseguindo lidar. É uma representação simbólica da ansiedade que habita em nossa alma. O medo de voar pode simbolizar o medo de perdermos o controle, a insegurança de estarmos longe de casa ou a dificuldade de lidar com novos desafios propostos em nossa empresa. Estarmos nas alturas pode nos fazer deparar com a amplitude da tarefa que temos à frente, seja no âmbito profissional ou pessoal.
Então, a questão não é por que sentimos medo? A questão é: o que este medo que sentimos pode estar querendo nos dizer? Como podemos lidar com ele? Sentir medo é extremamente humano. A maneira como lidamos com este sentimento é que nos diferencia. Podemos reprimi-lo, ignorá-lo ou aceitar que ele faça parte da nossa vida e possa nos dar a oportunidade de nos conhecer melhor.
Se tivermos a coragem suficiente para agüentar o medo e discuti-lo numa terapia, poderemos com ele, descobrir um caminho de auto-conhecimento rumo à cura. Suportar o medo e não fugir à luta é uma atitude heróica que nos faz crescer como seres humanos, nos faz ser honestos com os nossos conflitos e nos torna responsáveis por nossas escolhas. Sabemos que não é nada fácil, mas diante do medo de voar, fica então, uma velha questão: vamos lutar ou fugir?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A arte do bemdizer


"Bem-dizer" é um verbo transitivo muito utilizado pelos portugueses e seus descendentes. É uma palavra derivada do latim 'benedictus' que, também, se aproxima do verbo benzer ou abençoar. Mas, "bem-dizer" é dizer bem, no sentido de dar espaço ao livre debate das idéias, ao respeito pela palavra e a quem ela se refere.
Precisamos ter tempo para conversarmos com os outros e conosco também. Ouvir nossa alma, que há tempo está abandonada diante de tantas obrigações cotidianas. Quem sabe, tirar os sapatos e pisar no chão seja um início simples e humilde de entrar em contato com a realidade do nosso ser. Experimente! "Ter os pés no chão" é, simbólicamente, reencontrar a vida como ela é. E lá no nosso íntimo, os gestos simbólicos tem muita força.
Bemdizer! Leia, suspire, se inquiete, discorde, discuta... movimente-se, pois o que mais nos adoece é o sedentarismo perante nossos sonhos, aspirações e crenças diante da vida. "Bem-dizer" é um verbo transitivo. Então, vamos transitar pelas idéias!
Seja bem-vindo!
Wania Prado
Psicóloga