quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que levar para o próximo ano?

Há menos de 30 dias para encerrar 2011 e, como todo mês de dezembro, estamos abarrotados de compromissos e tarefas que não podemos deixar para o próximo ano. É um mês corrido e estressante para quase todo mundo. Afinal, queremos fechar o ano com a sensação de que “demos conta do recado”.


No entanto, há uma tarefa que, normalmente, esquecemos de realizá-la. Em meio a tantas coisas para fazer e festas para confraternizar, é natural que deixemos de lado o nosso “balanço pessoal”.

Não é uma tarefa fácil, mas nem por isso, deixa de ser importante. Pense bem, quanto tempo gastamos festejando, arrumando a casa, colocando em ordem o trabalho, a viagem, os presentes... Em que momento, você parou pra pensar: “O que eu quero levar para o próximo ano?”

Vivemos tantas experiências e emoções durante todo 2011. Seria muito bom dedicarmos um tempo para organizar tudo isso. O que foi bom e o que não foi? O que mudou em mim? O que eu preciso transformar? Como eu fecho este ano de 2011? E com que energia eu abro 2012?

Bom trabalho! E um ótimo Ano Novo!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Adolescencia de pais e filhos

A adolescência é um período importantíssimo e que pode ser vivido de maneira muito enriquecedora tanto para o próprio adolescente como para os que convivem com ele.



Para isso, os pais precisam resgatar a vivência da sua própria adolescência e, ao fazerem isso, perceberem quais foram as suas dificuldades, como lidaram com os conflitos entre as gerações e o que ficou, para eles, desta fase.


Alguns irão reviver sua adolescência com certa nostalgia e alegria pelo que puderam fazer e descobrir naqueles tempos. Outros, no entanto, ao reviverem este período, entraram em contato com marcas profundas de angústia e repressão.


Por sua vez, os adolescentes estão lidando com as descobertas, com as dúvidas, com as inúmeras mudanças físicas e psicológicas e, nem sempre se sentem a vontade no relacionamento familiar.


As recordações e preocupações cotidianas dos pais e a intensa transformação dos filhos, podem ocasionar um desgaste expressivo na relação familiar, contaminando também, o relacionamento do adolescente consigo mesmo e com o mundo externo. Isso tudo acaba gerando uma tempestade de emoções mal resolvidas para ambos os lados: pais e filhos.


Reconhecer tais dificuldades já é um grande passo. Buscar ajuda é outro enorme. Antigamente, as famílias se reuniam mais e trocavam idéias a respeito da educação dos filhos. Além de perceberem que não estavam sozinhos, os pais recebiam apoio e muitas vezes, soluções para algum conflito semelhante ao que também ocorria em outras famílias.


É preciso buscar estas conversas entre os pais, seja na igreja, no clube ou na escola. Também é possível contar com a ajuda de um psicólogo para melhorar o relacionamento familiar. Tanto os pais, como os adolescentes, se beneficiam muito de uma terapia (familiar ou individual).


A terapia é um espaço que se cria para falar dos problemas, das dúvidas e dos sentimentos. O intuito é promover a comunicação familiar - propiciar o diálogo franco e construtivo; equilibrar as emoções - fortalecendo pais e filhos para lidarem da melhor maneira possível com os conflitos e fortalecer o amor para que, através dele, cada um possa crescer, fazer suas escolhas e ser responsável por elas.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cumplicidade: não vem junto com os presentes de casamento!


       Você já deve ter visto casais que se sentam para jantar e não trocam uma palavra, um olhar, comportam-se como dois estranhos, embora estejam juntos há anos. Como também já deve ter reparado em casais, há tempo juntos que se comunicam até mesmo pelo olhar. Há entre estes dois exemplos um sentimento que os diferenciam: o sentimento de cumplicidade.
            A cumplicidade não vem junto com os presentes de casamento. Ela tem que ser conquistada pelo casal. É um duro trabalho de aprendizagem mútua. Pois, quando nos relacionamos com alguém, inicialmente, podemos estar tão apaixonados que nos tornamos, profundamente, egoístas. Ou seja, queremos o outro só para nós. A paixão é cega, não enxerga o outro como ele é, e sim, como podemos vê-lo através dos nossos olhos. A partir daí, seguem as cenas de ciúme doentio, as brigas, os desentendimentos e, tudo em nome da paixão!
            Muitos preferem mudar de parceiro a toda hora, porque dá muito trabalho se envolver, realmente, num relacionamento. Ser capaz de um amor real significa, em primeiro lugar, amadurecer. É poder criar expectativas realistas em relação à outra pessoa e aceitar a sua responsabilidade em ser feliz ou não neste relacionamento. Abrir mão de certas coisas e lutar por outras, sem esperar que a outra pessoa seja responsável pelo que queremos ou deixamos de querer e sem criticá-la por nossas frustrações.
            Quando começamos a ver o outro como verdadeiramente ele é e, ainda assim, quisermos ficar ao lado dele: estamos começando a amadurecer nosso sentimento. Avançamos ainda mais, quando passamos a conhecer melhor esta pessoa com quem nos relacionamos e percebemos suas falhas, suas angústias, sua história e nos damos conta de que somos para o outro, aquilo que ele é para nós: um ser humano.
            Desta difícil compreensão do quanto somos humanos nasce a humildade e a preocupação de um com o outro. O exercício de se preocupar realmente um com o outro gera a cumplicidade. Cumplicidade é fruto de um amor real, maduro e humano!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O mundo sem internet?

As crianças e os adolescentes de hoje em dia não conseguem, se quer imaginar o mundo sem a internet. Não que eles não tenham capacidade, mas não conseguem porque não viveram em um mundo sem internet. A geração de seus pais e avós talvez sejam uma espécie em extinção, pois, nasceram antes da década de 80 quando ainda não havia tido a explosão deste fenômeno mundial.


Se pararmos para pensar, veremos que todas as pessoas que nasceram antes dos anos 80 tiveram este “precioso” privilégio, que de agora em diante ninguém mais terá. Estas pessoas, e me incluo também, conheceram dois mundos: o mundo antes e o mundo depois da internet!

No mundo antes da internet, sabíamos que qualquer documento tinha que ser enviado pelo correio. As notícias chegavam pelo rádio, TV ou jornal. Procuravamos o telefone de alguém na gigantesca lista telefônica e o endereço no Guia de Ruas. Pesquisavamos qualquer tema de trabalho escolar na respeitada Enciclopédia Barsa (também era muito respeitada a família que possuísse uma na estante de sua sala). Enfim, o mundo era mais concreto e mais lento e, óbviamente, isso tinha suas vantagens e desvantagens.

Até mesmo a noção de distância era outra, porque as cartas demoravam para ir e custavam para voltar com as notícias de alguém distante. Isso nos dava a noção do quão longe alguém estava. Até mesmo as conversas eram mais longas e para encontrarmos alguém tínhamos que marcar hora e lugar. As fotos eram reveladas e só então, podíamos ver o que havia sido fotografado. Este mundo sem a internet virou história para contar aos jovens que não o vivenciaram e por isso, não conseguem imaginá-lo.

Dificuldade semelhante também tivemos para imaginar o mundo com a internet. E é surpreendente pensarmos que os motivos do seu surgimento estavam bem longe desta verdadeira transformaçào mundial que ocasionou. No final dos anos 50, os militares americanos começaram a utilizar um meio informatizado para desenvolver projetos em conjunto e à distância. Em 1969 incluiram as universidades americanas e depois outras redes paralelas o que promoveu o nome: internet (redes interligadas) capaz de se comunicar com qualquer computador. Daí em diante, tudo mudou.

Surgiu o grande “sábio” chamado Google, que nos responde o que quer que seja. O Facebook nos permite encontrar alguém distante e nos surpreender com o fato de que temos amigos em comum que nunca antes imaginávamos. O mundo ficou tão pequeno e tão conectado! Talvez nunca antes tenhamos nos sentido tão “interligados” como se estivéssemos numa grande “rede social”.

Esta sensação de pertencimento a este mundo virtual tão pequeno é desconhecida pelas antigas gerações. O que elas puderam testemunhar foi um mundo mais real e muito grande. Assim como, é desconhecido para as gerações pós-internet todas estas experiências não-virtuais. Mas de tudo, o que nunca pode desaparecer é o intercâmbio de experiências entre as gerações. Contar histórias sempre foi uma atividade que contribui muito para o desenvolvimento humano. E é através das histórias, dos diálogos, do relacionamento com nossas crianças e adolescentes que, vamos ensinando a realidade de um mundo que existe além da tela do computador.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O perfume e a mulher

Você já reparou em seu vidro de perfume? O que pode ter de semelhanças entre um frasco de perfume e uma mulher?

A mulher é como um frasco de perfume, moldado pelos padrões estéticos e sempre cultuando uma beleza incansável. O frasco é feito de vidro e a mulher de carne e osso. Ambos, material nobre, no entanto, frágil. No interior do frasco encontramos uma essência, um perfume. No interior da mulher, encontramos, também, uma essência: a alma feminina.

Para o antigo Egito, o perfume, algo etéreo, imaterial e impalpável, era considerado sagrado, pois, representava a alma - um meio sublime de comunicação com o divino. O perfume entra no interior do nosso corpo pelo ar, através da inspiração e sentimos seu efeito a nível cerebral, quase como um sopro sobrenatural.

A captação da fragrância da flor em forma estável, foi um processo alquímico que colocou o homem em contato com a parte mais preciosa do vegetal: sua essência. Foi um trabalho difícil, assim como também é difícil entrar em contato com a alma feminina.

Há fases em nossa vida, que nos sentimos assim como um frasco em que há muito tempo acabou o perfume. Existimos, mas sem nossa essência. Sentimos um vazio, uma falta de significado para tudo. Podemos achar que não somos amadas ou que perdemos a capacidade de amar.

Isso acontece por que deixamos de cultuar a nossa alma feminina. É como se deixássemos evaporar o perfume, a essência do nosso ser. As vezes, levamos uma vida agitada, atordoada de compromissos, repleta de maus tratos físicos e dos mais variados vícios. Vivemos uma cultura patriarcal em que se reverencia só o lado masculino.

Desta forma, vivemos sufocando nossa alma feminina, para nos submeter às regras do mercado de trabalho e às estruturas sociais. O pensamento, o julgamento e a racionalidade tornam-se os fatores dominantes, enquanto que o relacionamento, o afeto, o carinho e o respeito pela natureza são negligenciados.

Perdemos nosso perfume e ficamos como frascos vazios perambulando pelo mundo, sem a criatividade, sem a vitalidade do amor, da beleza e da renovação espiritual. Aspectos essenciais do feminino que não podem ser restabelecidos através de cirurgias plásticas ou banho de lojas. Recuperar nossa essência é mergulhar em nossas lembranças de infância, em nossos sonhos de adolescentes, em nossos mais profundos desejos e receios. É conhecer, profundamente, o nosso próprio ser.

Não precisamos mudar o sistema social em que vivemos, mas não podemos permitir que ele altere a nossa natureza feminina. Não precisamos competir com os homens, nem adotar qualidades masculinas. No entanto, precisamos conviver bem com o nosso feminino em essência.

Assim como o perfume, nossa alma feminina é etérea, imaterial e impalpável. Mas podemos senti-la, podemos reverenciá-la e, assim, nossa vida deixará de ser insegura e submetida à um sentimento de inferioridade em relação ao masculino. A mulher moderna que permitir se auto-conhecer e cuidar de si mesma, manterá seu frasco repleto da essência feminina e estará preparada para viver a vida mais intensamente. Não desista de si mesmo, não lute contra a sua natureza. Lute por uma vida saudável!