quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Conflito de gerações

A nova geração tem pressa. Segundo uma pesquisa relatada pela Revista Veja (16/dez/2009-pág.107) os jovens de hoje, tem um bom nível educacional, falam dois ou mais idiomas, conhecem várias culturas porque viajam bastante, se interessam por vários assuntos, procuram estar bem informados e usam todo recurso oferecido pela era digital.
O jovem com este perfil está muito mais apto à mudanças e vive seu dia-a-dia com mais praticidade. O que não significa ausência de problemas e sentimentos. Apesar de ser a geração do futuro e estarem sempre atualizados com o que há de mais moderno, eles tentam viver o presente intensamente, e pela imaturidade, as vezes exageram na dose.
As gerações anteriores costumam repudiar, nem sempre com razão, a maneira como os jovens lidam com os relacionamentos. No campo profissional, acham que os jovens desprezam a hierarquia por quererem rapidamente chegar ao topo, ou ficam pulando de uma empresa para outra. No campo amoroso, os mais velhos desconfiam da veracidade dos relacionamentos.
Será que não estamos olhando para estes jovens de hoje com as lentes da juventude que vivenciamos no passado? Há exageros em alguns casos, é claro. Mas também há jovens que desfrutam da praticidade e dos recursos disponíveis para sua geração e, que se relacionam com mais autenticidade e menos obrigatoriedade.
Empresas que não conseguirem mesclar a experiencia de seus executivos com a criatividade e disponibilidade dos jovens profissionais, irão perdê-los certamente, pois os jovens não estão presos a estabilidade de emprego, a visão paternalista, e sim, a realização e valorização de sua carreira profissional. Eles são mais ambiciosos e audaciosos, respeitam a autoridade dos superiores – desde que não seja imposta com autoritarismo.
Talvez, o que podemos, a todo momento, reforçar para esta nova geração é a responsabilidade consigo mesmo e com o outro, na hora de fazer suas escolhas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A adolescência de pais e filhos

A adolescência é um período importantíssimo e que pode ser vivido de maneira muito enriquecedora tanto para o próprio adolescente como para os que convivem com ele.
Para isso, os pais precisam resgatar a vivência da sua própria adolescência e, ao fazerem isso, perceberem quais foram as suas dificuldades, como lidaram com os conflitos entre as gerações e o que ficou, para eles, desta fase.
Alguns irão reviver sua adolescência com uma certa nostalgia e alegria pelo que puderam fazer e descobrir naqueles tempos. Outros, no entanto, ao reviverem este período, entraram em contato com marcas profundas de angústia e repressão.
Por sua vez, os adolescentes estão lidando com as descobertas, com as dúvidas, com as inúmeras mudanças física e psicológicas e, nem sempre se sentem a vontade no relacionamento familiar.
As recordações e preocupações cotidianas dos pais e a intensa transformação dos filhos, podem ocasionar um desgaste expressivo na relação familiar, contaminando também, o relacionamento do adolescente consigo mesmo e com o mundo externo. Isso tudo acaba gerando uma tempestade de emoções mal resolvidas para ambos os lados: pais e filhos.
As vezes é necessário a ajuda de um psicólogo para melhorar o relacionamento familiar. Tanto os pais, como os adolescentes, se beneficiam muito de uma terapia (familiar ou individual). É um espaço que se cria para falar dos problemas, das dúvidas e dos sentimentos.
O intuito é promover a comunicação familiar - propiciar o diálogo franco e construtivo; equilibrar as emoções - fortalecendo pais e filhos para lidarem da melhor maneira possível com os conflitos e fortalecer o amor para que, através dele, cada um possa crescer, fazer suas escolhas e ser responsável por elas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O universo feminino nos contos de fada

Se prestarmos atenção nos contos de fada que ouvimos sobre bruxas e rainhas vamos perceber que o comportamento delas se parece muito com o das mulheres reais como eu e você.
Isso nos faz pensar que, de alguma forma, nós mulheres temos uma cumplicidade íntima, algo em comum que nos faz entender perfeitamente uma na outra, em qualquer parte do mundo ou do tempo. Este elo de ligação se dá através do sentimento, que é uma linguagem universal: todas nós conhecemos o que é o amor, o ódio...
Através do sentimento, os contos de fada nos apresentam diversos aspectos do feminino na tentativa de esclarecer: o que é que nos faz sentir que somos femininas? Ser passiva, boazinha, meiga, preocupadas com a educação dos filhos, zelosas com a casa, carinhosas com o marido? O que mais nos faz sentir mulher?
Há uma tendência em classificar os comportamentos femininos como se houvesse um rígido modelo a ser seguido. No entanto, a alma da mulher se expressa através dos seus medos, de sua ingenuidade, de seu orgulho, de sua teimosia, seus ciúmes, sua vaidade e sua provocação. A mulher vai se expressando sob diversas formas conforme as situações encontradas no seu caminho.
Os contos populares são, na verdade, caricaturas dos diversos comportamentos que encontramos nas mulheres. Todas nós temos algo tanto da bruxa como da fada, da menininha abandonada ou da madrasta mais malvada. Afinal, somos meigas, mas também sentimos raiva, ciúmes, às vezes queremos colo, às vezes estufamos o peito e encaramos o que vier pela frente... E é isso que nos faz ser mulher: a riqueza da dinâmica destes opostos que existe em nós.
Podemos encontrar esta diversidade de aspectos femininos nos contos, mas não um manual de como ser ou tornar-se mulher. Os contos de fada nos levam para um universo rico de sabedoria. É só se dispor a ler o “Era uma vez” para que já se crie uma íntima ligação da mulher que somos hoje e as personagens apresentadas. Faça um teste! Permita-se ser tocada por aquela história que você mais gostava quando criança... e pergunte-se se não há um pouco dela em você!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Toda viagem é, a princípio, uma grande surpresa!



Nascemos em uma determinada família, em uma determinada cultura e num determinado lugar. Somos o resultado de tudo isso somado a vivência de cada individuo em seu tempo, ou seja, a maneira subjetiva como cada um de nós enxerga o que acontece a nossa volta.
Quando viajamos, nos aventuramos para além da nossa casa, da nossa família, da nossa cultura. Nos tornamos muito vulneráveis, não só porque estamos em lugares desconhecidos e nos sentimos desprotegidos. Mas principalmente, porque estamos diante de crenças muito diferentes das nossas, que questionam nossas referências e abalam nosso equilíbrio psíquico.
Porque aceitamos viajar, sair do nosso espaço, enfrentar o desconhecido? Sempre temos que fazer uma escolha, até mesmo quando aceitamos não escolher. A viagem exprime um desejo profundo de mudança interior, uma necessidade de experiencias novas, mais do que de um deslocamento físico.
Aceitar viajar é aceitar dar uma pausa na rotina, enxergar a vida por outro ângulo, vivenciar experiências diferentes e se permitir encarar o desconhecido: não só o que habita em outro país, mas principalmente, o que desconhecíamos em nós mesmos. Toda viagem provoca uma viagem ao interior de si mesmo.
Há pessoas que nos estimulam a buscar os tesouros que existem além dos portões da nossa rotina, sem nos deixar de alertar sobre os perigos que encontraremos no caminho. E há pessoas que desconhecemos. São os estrangeiros.
O encontro com o outro que desconhecemos requer uma mente aberta, o que significa não ficarmos só nos julgamentos. Temos que abrir espaço para o diálogo. A escuta do outro promove uma transformação em nós e propicia a interação, um caminho para ambos desfrutarem: porque só nos conhecemos através do outro.
Mas a idéia de estarmos num país estranho, em que se fala uma outra língua, com clima e costumes tão diferentes dos nossos, e não estarmos com tudo o que necessitamos, pode nos angustiar. O que levar em nossas malas? Queremos tornar nossa viagem a mais confortável e segura possível, é por isso, que sempre carregamos objetos que simbolizam afetivamente o amor ao local de onde partimos.
São objetos que nos relacionam à nossa casa e ao nosso chão – nenhum outro lugar no mundo nos traz mais segurança e conforto do que a nossa casa e o nosso chão. Por isso, nossas malas sempre irão estar recheadas de coisas que não precisamos, mas que nos dão segurança para lidar com tudo aquilo que iremos viver. É como se quiséssemos enfrentar o desconhecido de uma maneira já conhecida.
Mas os objetos na mala se deslocam durante a viagem, e em breve, percebemos que nada estará no lugar exato em que deixamos. Porque mudar faz parte da vida. Como dizia o filósofo grego Heráclito: “Tudo flui. Não se pode entrar no mesmo rio duas vezes. Porque, ao entrarmos pela segunda vez, não serão as mesmas águas e nem seremos a mesma pessoa.”
Nossa bagagem é o nosso pequeno patrimônio em terras estranhas. Aos poucos vamos percebendo que a segurança maior não está nas coisas, mas em nós mesmos e na interação com o outro. Em toda viagem, assim como na vida, há uma relação de troca. O anfitrião, seja ele o país, um parente, um amigo, enfim, quem nos recebe nos oferece abrigo, alimento etc. O viajante sempre leva o entusiasmo, a esperança, a curiosidade e a gratidão. Quem não acredita nesta relação de troca, não conseguirá desfrutar de uma viagem intensamente.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mães que amam demais

* Conheça o Grupo de apoio "MÃES QUE AMAM DEMAIS"

Quando nos tornamos mãe, tentamos de todas as maneiras negar a possibilidade de que nossos filhos irão, um dia, voar do ninho. Fazemos de tudo por eles e não queremos nem pensar no assunto: “os filhos devem ser criados para o mundo”.
No fundo sabemos disso, os filhos vão mesmo crescer e terão suas escolhas e oportunidades pela vida. Mas quando uma mãe ama demais, pensar na separação, no corte do “cordão umbilical” é quase insuportável. O que queríamos mesmo, é que nossos filhos ficassem para sempre perto de nós.
Como isso não é possível, pois crescer faz parte da vida, temos que tentar entender melhor este amor de mãe, para que nossos filhos possam crescer e amadurecer, ou seja, permitir que eles se tornem adultos responsáveis por suas próprias vidas. Afinal, este amor incondicional de mãe pode tanto nos dar “força” para deixarmos os filhos se desenvolverem ou “poder” para torná-los sempre infantis. Necessitamos da força ou queremos o poder?
Quando nosso amor está baseado no “poder” de gerar, parir, nutrir e proteger, provavelmente, vamos demonstrar aos nossos filhos, o lado possessivo deste amor maternal, ou seja, que eles serão eternamente dependentes de nós e, isso os fará crescerem frágeis e incapazes, pois desde cedo, os ensinamos que “mamãe”: “sempre sabe o que é melhor para você e você nunca irá me desapontar”.
Quando nosso amor de mãe está baseado na “força” da maternidade, estaremos conectadas ao lado positivo do amor maternal, gerando, parindo, nutrindo e protegendo, porém, respeitando a individualidade de nossos filhos. Apesar deles terem sido gerados em nosso ventre, são indivíduos e por amá-los tanto, devemos capacitá-los a fazerem escolhas e serem responsáveis por elas. Desde cedo, “mamãe” deve ensinar que: “você é capaz de escolher o que quer. E eu respeito suas escolhas.”
Porque amar não é só criar, é educar. Amar não é anular, é gerar e libertar. Amar não é prender, é proteger. Amar não é rejeitar, é nutrir. Nossos filhos terão que voar do ninho, porque mudar faz parte da vida, mas sempre poderão contar com o amor que temos por eles e que nos faz respeitá-los como são e respeitar suas escolhas.
Quando agimos assim, desenvolvemos as potencialidades humanas de nossos filhos e também cuidamos mais de nós mesmas, ou seja, nos tornamos aberta às possibilidades da vida – que são muitas e não se restringe somente a nos tornarmos mães.
Se nos ocupamos daquilo que nos faz bem, que nos nutre e preenche, nunca sentiremos que o ninho está vazio, porque sempre iremos poder contribuir com a vida – a nossa e a de nossos filhos, e assim, nosso ninho estará repleto de um amor verdadeiro – por nós mesmas e por nossos filhos.

Seis lembretes para as mães que amam demais:
Viver dia-a-dia;
Organizar-se em seus papéis de mãe, profissional, esposa e mulher;
Ser realista e otimista;
Perdoar-se pelos erros e enganos;
Ter fé na vida e em Deus;
Acreditar no amor e na intuição maternal.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nutrir a si mesma


Desde que houve a divisão das células e passamos a nos desenvolver no útero de nossa mãe, fomos alimentados por ela durante a gravidez, a infância e adolescência. Depois disso, deveríamos saber como nos alimentar de maneira saudável, pois, desta forma, podemos manter um corpo bonito, uma pele saudável até mesmo quando envelhecermos.
Mas, nem só de pão vive o homem e este ditado é antiguíssimo! As vezes o que procuramos não é comida. As vezes sentimos fome de outras coisas e precisamos prestar muita atenção em nós mesmas, para descobrirmos o que é.
Você tem fome de quê? Nem sempre uma mesa farta, um sanduíche enorme, um pacote de salgadinhos, picanha, lasanha... nem sempre isso nos sacia. “A gente não quer só comer!” diz a música do Titãs, precisamos de algo mais. Algo que alimente nossa alma, pois é ela que está faminta.
Faminta de quê? Não sei. Cada um deve descobrir o que lhe falta: atenção, reconhecimento, carinho, amor, relacionamento, espiritualidade... Não é difícil descobrir. O difícil é aceitarmos que necessitamos de algo mais do que consumimos diariamente, ou do que recebemos diariamente.
Faça um exercício simples: pense em você por alguns minutos! Pergunte-se: você tem fome de quê? E ao descobrir, não se apavore. Apenas procure maneiras saudáveis de se nutrir. Use da sua criatividade, iniciativa e determinação... com você mesma.
Algumas atividades simples, nutrem a nossa alma: jardinagem, uma boa leitura, um passeio no parque, terapia, um curso ou palestra, meditação ou simplesmente, alguns minutos de quietude. Descubra o que lhe faz bem, o que lhe nutre e organize seu dia ou sua semana para que este “alimento” faça parte da sua vida!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cuidados especiais na gestação

Toda gestante sabe o quanto é importante fazer o pré-natal, hidratar bem a pele (a Biodolce tem um hidratante exclusivo para gestantes), se alimentar corretamente e praticar exercícios adequados.

Nem todas, no entanto, sabem que tão importante quanto o acompanhamento médico pré-natal é a assistência e orientação psicológica à gestante. Cada um contribuindo para a saúde física e mental tanto da mulher quanto do futuro bebê.

A preparação psicológica da gestante pode possibilitar uma vivência mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem neste período. A gravidez, por si só traz, para o relacionamento familiar, novas atitudes e responsabilidades, o que gera muitas ansiedades e preocupações:

A partir do momento que a mulher certifica-se da gravidez, tudo o mais em sua vida será diferente. Como lidar com tamanha responsabilidade?

Durante nove meses estará se instalando, no casal grávido, uma nova identidade: eles deixam de ser filhos para se tornarem pais. As dúvidas e os temores são muito naturais. O quê o casal deverá renunciar e o quê poderá ser preservado?

Sexualidade, relacionamento afetivo do casal, convivência das famílias de origens, o lado profissional da gestante... Como conciliar os papéis de mãe, esposa, filha e profissional durante a gestação?

A orientação psicológica é importante não só para a mulher que vivencia a experiência da maternidade, mas para o marido que também está se preparando para a paternidade e, desse modo, também se encontra vulnerável e à mercê de suas próprias angústias e questionamentos.

É muito importante não só para o bebê, mas para o casal também, que o pai e a mãe possam vivenciar a gravidez com mais alegria e prazer e menos ansiedade e culpa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O medo de voar: lutar ou fugir?

Você já deve ter conhecido alguém que tem medo de avião. E o que é pior, precisa viajar devido ao seu trabalho. O que para alguns poderia ser momentos de descanso, de estudo ou de possibilidade de conversar com alguém, para outros a viagem torna-se uma tortura, uma luta consigo mesmo permeada de intenso sofrimento. É muito comum jovens e adultos na faixa etária dos 20 aos 40 anos, na plenitude da vida profissional apresentarem uma ansiedade excessiva por determinadas situações como viajar de avião. E podemos nos perguntar: por que sentimos este medo de voar?
O sentimento de medo faz parte da natureza humana, nos dá limites e aciona nossa ansiedade nos colocando em posição de alarme, física e psiquicamente: dilata as pupilas, acelera o coração, enrijece a musculatura, ou seja, nos prepara para reagir. A ansiedade normal é, então, um instrumento de adaptação às exigências da vida. Já era assim nos tempos das cavernas quando o homem enfrentava animais invasores e é assim ainda hoje, quando nos deparamos com determinado perigo ou a ameaça de algo desconhecido.
Para quem tem medo de avião, não adianta explicar que esta é uma opção mais segura do que o transporte rodoviário. O fato de um vôo ser percebido como estressante não depende apenas da natureza do mesmo, mas sim do significado que atribuímos a este evento e da nossa própria personalidade. Ou seja, nossa insegurança e nosso nível de ansiedade alterada está diretamente relacionada com a nossa história de vida: nossas perdas, rejeições, responsabilidades e expectativas, bem como, com a nossa vivência atual de eventos estressores: a morte de um ente querido, o nascimento de um filho, ser dispensado ou promovido no emprego, casar-se ou separar-se.
Então, o medo de voar é um sintoma, algo que vem nos contar o que talvez já tenhamos esquecido ou não estamos conseguindo lidar. É uma representação simbólica da ansiedade que habita em nossa alma. O medo de voar pode simbolizar o medo de perdermos o controle, a insegurança de estarmos longe de casa ou a dificuldade de lidar com novos desafios propostos em nossa empresa. Estarmos nas alturas pode nos fazer deparar com a amplitude da tarefa que temos à frente, seja no âmbito profissional ou pessoal.
Então, a questão não é por que sentimos medo? A questão é: o que este medo que sentimos pode estar querendo nos dizer? Como podemos lidar com ele? Sentir medo é extremamente humano. A maneira como lidamos com este sentimento é que nos diferencia. Podemos reprimi-lo, ignorá-lo ou aceitar que ele faça parte da nossa vida e possa nos dar a oportunidade de nos conhecer melhor.
Se tivermos a coragem suficiente para agüentar o medo e discuti-lo numa terapia, poderemos com ele, descobrir um caminho de auto-conhecimento rumo à cura. Suportar o medo e não fugir à luta é uma atitude heróica que nos faz crescer como seres humanos, nos faz ser honestos com os nossos conflitos e nos torna responsáveis por nossas escolhas. Sabemos que não é nada fácil, mas diante do medo de voar, fica então, uma velha questão: vamos lutar ou fugir?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A arte do bemdizer


"Bem-dizer" é um verbo transitivo muito utilizado pelos portugueses e seus descendentes. É uma palavra derivada do latim 'benedictus' que, também, se aproxima do verbo benzer ou abençoar. Mas, "bem-dizer" é dizer bem, no sentido de dar espaço ao livre debate das idéias, ao respeito pela palavra e a quem ela se refere.
Precisamos ter tempo para conversarmos com os outros e conosco também. Ouvir nossa alma, que há tempo está abandonada diante de tantas obrigações cotidianas. Quem sabe, tirar os sapatos e pisar no chão seja um início simples e humilde de entrar em contato com a realidade do nosso ser. Experimente! "Ter os pés no chão" é, simbólicamente, reencontrar a vida como ela é. E lá no nosso íntimo, os gestos simbólicos tem muita força.
Bemdizer! Leia, suspire, se inquiete, discorde, discuta... movimente-se, pois o que mais nos adoece é o sedentarismo perante nossos sonhos, aspirações e crenças diante da vida. "Bem-dizer" é um verbo transitivo. Então, vamos transitar pelas idéias!
Seja bem-vindo!
Wania Prado
Psicóloga