terça-feira, 16 de novembro de 2010

CARTAS PARA JULIETA



No filme, “Cartas para Julieta”, uma jovem americana e seu noivo viajam para Verona - na Itália, onde encontra as Secretárias de Julieta, senhoras que respondem as cartas de mulheres apaixonadas. Abre-se, então, um mundo extremamente romântico, onde o amor sempre volta, mesmo que tenha se passado mais de 50 anos.

Além de romantizar um dos maiores anseios humano: a busca do amor, o filme também retrata uma especial necessidade das mulheres: a de se espelharem e se alimentarem da confiança, uma nas outras e em si mesmas, suprimindo, assim, um secreto isolamento imposto pela modernidade e competitividade do sistema patriarcal.

A autora Barbara B.Koltuv de “A tecelã” afirma que, assim como os homens, as mulheres modernas competem entre si e, secretamente, sofrem separadas umas das outras. Ás vezes, tentam encontrar o amor e a auto-aceitação nos braços de um marido. O relacionamento conjugal pode sim ser repleto de amor, mas, precisamos de uma conexão profunda com o feminino que há dentro de nós.

As mulheres precisam confiar uma nas outras e em si mesmas o bastante para mostrar suas necessidades e suas vulnerabilidades a outras mulheres. Precisamos ser espelhadas e alimentadas umas pelas outras, como na cena do filme “Cartas para Julieta” em que a senhora penteia os cabelos da jovem americana e enfatiza que tal gesto traz um dos maiores prazeres humano.

As mulheres podem servir de mães, espelhos e irmãs uma para as outras, porque isso as fortalece. “Não existe uma definição completa de mulher. Uma mulher é uma experiência e uma energia feminina que tece, que é tecida, que é desfeita e que se movimenta” sintetiza Koltuv. Podemos acrescentar, ainda, que se movimenta sempre em busca do amor pelo outro e por si mesma, como bem registrou o filme romântico em questão.



• Cartas para Julieta (EUA,2010)

• A Tecelã (Barbara B. Koltuv, Cultrix, 1990)

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